domingo, 28 de abril de 2013

Pastor que se diz "ex-homossexual", "ex-drogado" e "ex-bandido” afirma que a seca do nordeste é resultado dos avanços da homossexualidade

O pastor Sargento Isidório (PSB), deputado estadual na Bahia, polemizou ao afirmar que a seca no Nordeste, considerada a pior dos últimos anos, é consequência do avanço do pecado. 

Isidório é responsável pela Fundação Doutor Jesus, um centro de reabilitação voltado para dependentes químicos e localizado em Candeias, região metropolitana de Salvador.

Identificando-se como “ex-homossexual, ex-drogado e ex-bandido”, o pastor concedeu entrevista ao Bahia Notícias e afirmou que ficou insatisfeito com a nota de repúdio que seu partido emitiu contra o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), por conta das declarações polêmicas feitas a respeito da África e dos homossexuais.

A nota, segundo o pastor, seria de responsabilidade dos “viados e viadas lá dentro [da direção do partido]“, e que a presidente estadual do PSB, senadora Lídice da Mata, seria uma das incentivadoras dessa postura: “Ela é de Oxum e eu sou de Jesus. Eu também já fui de Oxum quando era homossexual”, revelou, antes de ressaltar não temer represálias dos colegas de partido: “Se essas desgraças [partidos] prestassem, eram inteiros”.

O pastor afirma que a homossexualidade é uma “afronta” a Deus, e isso o estaria irritado, a ponto de Ele impor castigos à humanidade, como a seca no Nordeste do Brasil, as enchentes no Sudeste, os atentados terroristas em Boston e a ameaça de guerra da Coreia do Norte.

Para ele, líderes mundiais deveriam medir suas declarações a fim de evitar mais catástrofes: “A Bíblia fala que, se nos últimos tempos se multiplicasse a iniquidade, aconteceria esses fenômenos. Foi só Barack Obama começar a falar em casamento gay que o bicho começou a pegar, atentado em Boston, ameaça de Coreia do Norte”, enumerou, segundo o jornal A Tarde.

No entanto, o pastor Sargento Isidório afirma que apesar de seu abandono à homossexualidade, ainda precisa se policiar para evitar a tentação: “O pastor é humano. Claro que eu tenho medo de recaída. Eu não posso ficar junto de um homem muito tempo porque a carne é fraca”, avisou.

DO BLOG: Esse não é ex gay, é bicha mesmo. Louca para ser manchete. Esta mal amada!!!
Fonte Jair Sampaio

Padeiro é condenado a 13 anos de prisão por briga de R$ 1,00


Juiz Antonio Noleto proferiu a sentença
O Tribunal do Júri condenou a 13 anos de prisão um rapaz que matou um pintor por dívida de R$ 1,00. O crime ocorreu há 9 anos no residencial Firmino Filho. A sentença foi lida pelo juiz Antônio Noleto.
Francisco de Assis Monteiro da Costa, 31 anos, na época era ajudante de pedreiro, bateu boca com o pintor por causa da dívida, e na briga o esfaqueou no peito. A faca perfurou o coração do rapaz que o levou a óbito.
O advogado de defesa Edvan Fonseca Guerra pediu a anulação da sentença do Tribunal do Júri, alegando que a morte ocorreu em legitima defesa. “O acusado se sentiu ofendido. O pintor chegou a agredi-lo com uma tijolada na testa”, declarou.
Entenda o caso
O crime aconteceu no dia 18 de maio de 2004. Francisco trabalhava como servente de pedreiro na casa de um soldado da Polícia Militar quando Márcio Rodrigues de Oliveira, o “Mardônio”, teria aparecido para cobrar a dívida.
Segundo os autos, Márcio teria chegado ao local chamando Francisco de “velhaco”, e começou a discussão. A vítima também teria chamado o acusado de corno e declarado que sua mãe era “rapariga que vivia nos cabarés de Teresina”.
A defesa alega que Francisco, que hoje é padeiro, se sentiu ofendido novamente quando Márcio retornou ao local durante a noite. Em nova discussão, acabou usando a faca pequena para reagir e perfurou o coração de Márcio.
Francisco já cumpriu quatro anos de pena e conseguiu liberdade por boa conduta. Ele vai recorrer da decisão em liberdade. Seu advogado pretende obter redução da pena “pois os jurados decidiram contrariamente as provas dos autos. No início, o crime era de homicídio simples e depois eles acataram por motivação fútil, que não existiu. Ele praticou em legítima defesa”.

Homem encontra sapo gigante no quintal de casa em Cocal da Estação

Um cidadão cocalense (Chico Telepisa) encontrou um sapo gigante, pesando cerca de 20Kg, em seu quintal, peso normal de uma criança de 7 ou 8 anos. 

Segundo Chico, o anfíbio foi encontrado em uma área próximo ao local onde o mesmo costuma fazer suas necessidades fisiológicas. 

Segundo ele, o sapo foi capturado por ele e um amigo. Segundo o amigo que ajudou a capturar e não quis ter a identidade revelada, um turista que foi à casa de Chico para colar a sola de um par de sapatos chegou a ver o bicho e, espantado, perguntou ao futuro parlamentar se ele estaria disposto a vender. 

Como Chico Telepisa pediu mais de R$ 500, o turista não topou e pediu para, pelo menos, tirar uma foto do sapo gigante.

Ao voltar para seu hotel, o turista se arrependeu de não ter arrematado o sapão e, no dia seguinte, arrumou a certa quantia emprestada e foi à casa de Chico Telepisa em busca do sapo. Para sua surpresa, o futuro comprador descobriu que Chico Telepisa tinha tratado o sapo-monstro e feito um churrasco na noite anterior com amigos na comemoração de mais uma adesão. 

A ideia de fatiar o gigante não foi muito feliz para Chico Telepisa: ele deixou de ganhar os quinhentos reais e, para completar, teve um mal-estar e encontra-se com diarreia ha mais de uma semana.


Mulher grávida é agredida e tem corpo queimado pelo marido, no AM


Homem de 26 anos foi preso em flagrante e está à disposição da Justiça.
Filha do casal também ficou ferida durante as agressões.
Um homem de 26 anos foi preso em flagrante após torturar e atear fogo na esposa, Luziara Nogueira Gomes, de 28 anos, na cidade de Careiro, a 88 Km de Manaus. Depois de denúncias de vizinhos, o agressor foi detido. O crime ocorreu no sábado (20), no Ramal do 13, na Estrada de Autazes.
A dona de casa relatou que teve o cabelo cortado com um facão, foi agredida com golpes de madeira e, ainda, teve parte do corpo incendiado pelo marido. Ela teve queimaduras na região do rosto e pescoço. A filha do casal, de dois anos, também teve ferimentos, mas passa bem.
saiba mais
"Ele cortou o meu cabelo com facão, depois passou o barbeador por cima e me bateu. Estou toda roxa. Até de corda ele me batia. Sábado à noite ele jogou gasolina e ateou fogo em mim, a minha bebê que estava comigo também foi incendiada", disse a dona de casa.
Grávida de três meses do sexto filho, ela contou que esta não foi a primeira agressão que sofreu por parte do companheiro. "Ele sempre me agredia, mas eu nunca falei nada. Dessa vez ele passou dos limites. Tenho medo que ele saia da cadeia. Não quero que ele saia de lá", afirmou.
Depois de denúncias de vizinhos da vítima, o homem foi preso em flagrante e levado ao 34º Distrito Integrado de Polícia (DIP) de Careiro, onde está à disposição da Justiça do Amazonas. O medo da família agora é que ele consiga sair da prisão. "Eu estou com o coração na mão. Tenho medo de ele ser solto e fazer alguma coisa com ela, não contra mim. Ela tem cinco filhos e está grávida", relatou a mãe da vítima, Iassiara Nogueira.
Luziara Nogueira Gomes veio para Manaus para tratamento médico. Ela e o agressor estavam juntos há cerca de oito anos.
Vítima tem ferimentos em várias partes do corpo. 

Vídeo no Facebook que mostra decapitação de mulher sai do ar

Um vídeo no Facebook de uma mulher sendo decapitada saiu do ar após causar polêmica na rede social na sexta-feira (26). As imagens publicadas por um usuário estavam disponíveis no Facebook, embora fossem explícitas. A rede social afirmava que o conteúdo não poderia ser removido porque ele "não violava os padrões de comunidade do Facebook".
Reprodução de página do Facebook que mostra vídeo de mulher sendo decapitada; imagens foram tiradas do ar (Foto: Reprodução/Facebook)Vídeo mostrava mulher sendo decapitada; imagens foram tiradas do ar (Foto: Reprodução/Facebook)
De acordo com a rede social, as pessoas que comentavam e compartilhavam o vídeo estavam fazendo isso "para condená-lo" e que, por isso, não poderia removê-lo. "Da mesma forma como programas jornalísticos na televisão usam imagens inquietantes mostrando atrocidades, as pessoas podem compartilhar vídeos inquietantes no Facebook com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre ações ou causas", diz a empresa.
"Embora o vídeo seja chocante, nossa postura está fundamentada na preservação dos direitos das pessoas de descrever, representar e comentar sobre o mundo em que vivem". O vídeo publicado por um usuário da rede social, aparentemente mexicano, mostrava uma mulher sendo decapitada por supostos integrantes de uma gangue mexicana.
O que pode e o que não pode
Segundo os termos de direito e responsabilidades do Facebook, a rede social está autorizada a remover qualquer conteúdo que infrinja os direitos autorais de alguém. Os usuários estão proibidos ainda de publicar conteúdo que "contenha discurso de ódio, seja ameaçador ou pornográfico; incite violência; ou contenha nudez ou violência gráfica ou desnecessária".

Cerca de 1,3 milhão de eleitores podem ter títulos cancelados



Números divulgados pela Justiça Eleitoral indicam que 1,3 milhão de eleitores podem ter o título cancelado por não justificarem os votos nas últimas três eleições. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas 8,5% dos eleitores faltosos procuraram os cartórios eleitorais para regularizar a situação.
O prazo final para justificar a ausência nas últimas três eleições terminou no dia (25). Segundo o TSE, 1,5 milhão de eleitores estavam com a situação pendente, mas apenas 128,9 mil procuraram a Justiça Eleitoral.
O cancelamento de títulos ocorrerá de 10 a 12 de maio e em 14 de maio serão divulgados os números consolidados e os nomes daqueles que deixarão de ter título porque não votaram, não justificaram a ausência nas três últimas eleições e não foram a um cartório eleitoral para regularizar sua situação dentro do prazo.
O cancelamento de título dificulta a retirada de passaporte ou carteira de identidade, o recebimento de salários de função ou emprego público e obtenção de certos tipos de empréstimos e inscrição. Também complica a investidura e nomeação em concurso público e renovação de matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo.
Segundo o TSE, mesmo com a baixa procura, a estatística superou os números registrados em 2011, quando apenas 4,89% dos eleitores faltosos procuraram a Justiça Eleitoral.  
ABr

Hildo Rocha nega envolvimento do ex-prefeito de Vargem Grande na operação que apontou 41 politicos por suposto envolvimento com agiotagem



hildo-rocha

Secretário de Articulação Política e das Cidades, Hildo Rocha

O secretário de Articulação Política e das Cidades, Hildo Rocha, disse na sexta feira (26) ao Blog do Luís Cardoso que a grande maioria dos municípios elencada pela Polícia Civil como envolvida na agiotagem comandada por Gláucio Alencar e o pai Miranda Alencar, dois dos principais acusados pela morte do jornalista Décio Sá, não tem tem participação no caso.

Para Rocha, as investigações precisam ser melhor aprofundadas e esclarecidas para evitar injustiças. Ele citou diversos exemplos de cidades e gestores citados como envolvidos no esquema de agiotagem patrocinados pelos Alencar.

Vargem Grande

Ex -prefeito de Vargem Grande, Miguel Fernandes
Em Vargem Grande, por exemplo, segundo o secretário, o prefeito Miguel Fernandes, quando se elegeu em 2008, recebeu um carro de som para fazer a festa a mando do sr. Miranda Alencar. Meses depois, ele apareceu no município pedindo para fornecer a merenda escolar, com o que não concordou o prefeito. Então o agiota pediu a quantia de R$ 50 mil pelo aluguel do carro.

O prefeito pagou para a empresa do agiota de forma parcelada, apenas o R$ 50 mil, e não concordou em fazer qualquer tipo de negócios com as empresas do pai ou do filho.

Hildo Rocha disso que os que realmente estiverem, ou que do esquema de agiotagem participaram, devem ser punidos na forma da lei, mas aconselha que a prudência deve reinar acima de interesses.


domingo, 21 de abril de 2013

hoje é dia de Tiradentes


Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (Fazenda do Pombal1 , batizado em 12 de novembro de 1746 — Rio de Janeiro21 de abril de1792) foi um dentistatropeiromineradorcomerciantemilitar e ativista político que atuou no Brasil colonial (1530-1815), mais especificamente nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Brasil, é reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico do Brasil, patrono também das Polícias Militares dos Estados e herói nacional.
O dia de sua execução, 21 de abril, é feriado nacional. A cidade mineira de Tiradentes, antiga Vila de São José do Rio das Mortes, foi renomeada em sua homenagem.
Nascido em uma fazenda no distrito de Pombal, próximo ao arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, à época território disputado entre as vilas de São João del-Rei e São José do Rio das Mortes, na Minas Gerais.
Joaquim José da Silva Xavier era filho do português Domingos da Silva Xavier, proprietário rural, e dabrasileira Maria Paula da Encarnação Xavier (prima em segundo grau de Antônio Joaquim Pereira de Magalhães), tendo sido o quarto dos nove filhos.
Em 17552 , após o falecimento de sua mãe, segue junto a seu pai e irmãos para a sede da Vila de São Antônio; dois anos depois, já com onze anos, morre seu pai. Com a morte prematura dos pais, logo sua família perde as propriedades por dívidas. Não fez estudos regulares e ficou sob a tutela de um primo, que era cirurgião dentista. Trabalhou como mascate e minerador, tornou-se sócio de uma botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica, e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu o apelido (alcunha) de Tiradentes.
Com os conhecimentos que adquirira no trabalho de mineração, tornou-se técnico em reconhecimento de terrenos e na exploração dos seus recursos. Começou a trabalhar para o governo no reconhecimento e levantamento do sertão sudestino. Em 1780, alistou-se na tropa da Capitania de Minas Gerais; em 1781 foi nomeado comandante do destacamento dos Dragões na patrulha do "Caminho Novo", estrada que servia como rota de escoamento da produção mineradora da capitania mineira ao porto Rio de Janeiro. Foi a partir desse período que Tiradentes começou a se aproximar de grupos que criticavam a exploração do Brasil pela metrópole, o que ficava evidente quando se confrontava o volume de riquezas tomadas pelos corruptos e a pobreza em que o povo permanecia. Insatisfeito por não conseguir promoção na carreira militar, tendo alcançando apenas o posto de alferes, patente inicial do oficialato à época, e por ter perdido a função de marechal da patrulha do Caminho Novo, pediu licença da cavalaria em 1787.
Morou por volta de um ano na cidade carioca, período em que idealizou projetos de vulto, como a canalização dos rios Andaraí e Maracanã para a melhoria do abastecimento de água no Rio de Janeiro; porém, não obteve aprovação para a execução das obras. Esse desprezo fez com que aumentasse seu desejo de liberdade para a colônia. De volta às Minas Gerais, começou a pregar em Vila Rica e arredores, a favor da independência daquela província. Fez parte de um movimento aliado a integrantes do clero e da elite mineira, como Cláudio Manuel da Costa, antigo secretário de governo, Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor da comarca, e Inácio José de Alvarenga Peixoto, minerador. O movimento ganhou reforço ideológico com a independência das colônias estadunidenses e a formação dos Estados Unidos. Ressalta-se que, à época, oito de cada dez alunos brasileiros em Coimbra eram oriundos das Minas Gerais, o que permitiu à elite regional acesso aos ideais liberais que circulavam na Europa.

A Inconfidência mineira

Além das influências externas, fatores mundiais e religiosos contribuíram também para a articulação da conspiração nas Minas Gerais. Com a constante queda na receita institucional, devido ao declínio da atividade da cana de açúcar, a reforma econômica a metrópole portuguesa de D.João V instituiu medidas que garantissem o Quinto, imposto que obrigava os residentes dasMinas Gerais a pagar, semestralmente, cem arrobas de prata, destinadas à Real Fazenda. A partir da nomeação de Antônio Oliveira Meneses como governador da província, em 1782, ocorreu a marginalização de parte da elite local em detrimento de seu grupo de amigos. O sentimento de revolta atingiu o máximo com a decretação da derrama, uma medida administrativa que permitia a cobrança forçada de impostos , mesmo que preciso fosse prender o cobrado, a ser executada pelo novo governador das Minas GeraisLuís Antônio Furtado de Mendonça, 6.º Visconde de Barbacena (futuro Conde de Barbacena), o que afetou especialmente as elites mineiras. Isso se fez necessário para se saldar a dívida mineira acumulada, desde 1762, do quinto, que à altura somava 768 arrobas de ouro em impostos atrasados.
O movimento se iniciaria na noite da insurreição: os líderes da "confidência" sairiam às ruas de Vila Maria dando vivas à República, com o que ganhariam a imediata adesão da população. Porém, antes que a conspiração se transformasse em revolução, em 15 de março de 1789 foi delatada aos portugueses por Joaquim Silvério dos ReiscoronelBasílio de Brito Malheiro do Lagotenente-coronel, e Inácio Correia de Pamplona, luso-açoriano, em troca do perdão de suas dívidas com a Real Fazenda. Anos depois, por ordem do novo oficial de de milícia Ernesto Gonçalves, planejou o assassinato de Joaquim Silvério dos Reis.
Entrementes, em 14 de março, o Visconde de Barbacena já havia suspendido a derrama o que de esvaziara por completo o movimento. Ao tomar conhecimento da conspiração, Barbacena enviou Silvério dos Reis ao Rio para apresentar-se ao vice-rei, que imediatamente (em 7 de maio) abriu uma investigação (devassa). Avisado, o alferes Tiradentes, que estava em viagem licenciada ao Rio de Janeiro escondeu-se na casa de um amigo, mas foi descoberto ao tentar fazer contato com Silvério dos Reis e foi preso em 10 de maio. Dez dias depois o Visconde de Barbacena iniciava as prisões dos inconfidentes em Minas.
Prisão de Tiradentes, por Antônio Diogo da Silva Parreiras.
Os principais planos dos inconfidentes eram: estabelecer um governo republicano independente de Portugal, criar industrias no país que surgiria, uma universidade em Vila Rica e fazer de São João del-Rei a capital. Seu primeiro presidente seria, durante três anos, Tomás António Gonzaga, após o qual haveria eleições. Nessa república não haveria exército – em vez disso, toda a população deveria usar armas, e formar uma milícia quando necessária. Há que se ressaltar que os inconfidentes visavam a autonomia somente da província das Minas Gerais, e em seus planos não estava prevista o direito de autonomia da população feminina.

Julgamento e sentença

A leitura da sentença de Tiradentes (óleo sobre tela deLeopoldino Faria).
Óleo sobre tela de Leopoldino de Faria (1836-1911) retratando a Resposta de Tiradentes à comutação da pena de morte dos Inconfidentes.
Negando a princípio sua participação, Tiradentes foi o único a, posteriormente, assumir toda a responsabilidade pela "inconfidência", inocentando seus companheiros. Presos, todos os inconfidentes aguardaram durante três anos pela finalização do processo. Alguns foram condenados à morte e outros ao degredo; algumas horas depois, por carta de clemência de D. Maria I, todas as sentenças foram alteradas paradegredo, à exceção apenas para Tiradentes, que continuou condenado à pena capital, porém não por morte cruel como previam as Ordenações do Reino: Tiradentes foi enforcado.
Os réus foram sentenciados pelo crime de "lesa-majestade", definida, pelas ordenações afonsinas e as Ordenações Filipinas, comotraição contra o rei. Crime este comparado à hanseníase pelas Ordenações Filipinas:
Estátua mostrando Tiradentes a serenforcado, na Praça Tiradentes, em Belo Horizonte.
-“Lesa-majestade quer dizer traição cometida contra a pessoa do Rei, ou seu Real Estado, que é tão grave e abominável crime, e que os antigos Sabedores tanto estranharam, que o comparavam à lepra; porque assim como esta enfermidade enche todo o corpo, sem nunca mais se poder curar, e empece ainda aos descendentes de quem a tem, e aos que ele conversam, pelo que é apartado da comunicação da gente: assim o erro de traição condena o que a comete, e empece e infama os que de sua linha descendem, posto que não tenham culpa.”3
Por igual crime de lesa-majestade, em 1759, no reinado de D. José I de Portugal, a família Távora, no processo dos Távora, havia padecido de morte cruel: tiveram os membros quebrados e foram queimados vivos, mesmo sendo os nobres mais importantes de Portugal. A Rainha Dona Maria I sofria pesadelos devido à cruel execução dos Távoras ordenado por seu pai D. José I e terminou por enlouquecer.
Em parte por ter sido o único a assumir a responsabilidade, em parte, provavelmente, por ser o inconfidente de posição social mais baixa, haja vista que todos os outros ou eram mais ricos, ou detinham patente militar superior. Por esse mesmo motivo é que se cogita que Tiradentes seria um dos poucos inconfidentes que não era tido como maçom.
E assim, numa manhã de sábado, 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e onde fora armado o patíbulo. O governo geral tratou de transformar aquela numa demonstração de força da coroa portuguesa, fazendo verdadeira encenação. A leitura da sentença estendeu-se por dezoito horas, após a qual houve discursos de aclamação à rainha, e o cortejo munido de verdadeira fanfarra e composta por toda a tropa local. Bóris Fausto aponta essa como uma das possíveis causas para a preservação da memória de Tiradentes, argumentando que todo esse espetáculo acabou por despertar a ira da população que presenciou o evento, quando a intenção era, ao contrário, intimidar a população para que não houvesse novas revoltas.
Executado e esquartejado, com seu sangue se lavrou a certidão de que estava cumprida a sentença, tendo sido declarados infames a sua memória e os seus descendentes. Sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica, tendo sido rapidamente cooptada e nunca mais localizada; os demais restos mortais foram distribuídos ao longo do Caminho Novo: Santana de Cebolas (atual Inconfidência, distrito de Paraíba do Sul), Varginha do LourençoBarbacena e Queluz (antiga Carijós, atual Conselheiro Lafaiete), lugares onde fizera seus discursos revolucionários. Arrasaram a casa em que morava, jogando-se sal ao terreno para que nada lá germinasse.
Cquote1.svgJUSTIÇA que a Rainha Nossa Senhora manda fazer a este infame Réu Joaquim José da Silva Xavier pelo horroroso crime de rebelião e alta traição de que se constituiu chefe, e cabeça na Capitania de Minas Gerais, com a mais escandalosa temeridade contra a Real Soberana e Suprema Autoridade da mesma Senhora, que Deus guarde.
MANDA que com baraço e pregão seja levado pelas ruas públicas desta Cidade ao lugar da forca e nela morra morte natural para sempre e que separada a cabeça do corpo seja levada a Vila Rica, donde será conservada em poste alto junto ao lugar da sua habitação, até que o tempo a consuma; que seu corpo seja dividido em quartos e pregados em iguais postes pela estrada de Minas nos lugares mais públicos, principalmente no da Varginha e Sebollas; que a casa da sua habitação seja arrasada, e salgada e no meio de suas ruínas levantado um padrão em que se conserve para a posteridade a memória de tão abominável Réu, e delito e que ficando infame para seus filhos, e netos lhe sejam confiscados seus bens para a Coroa e Câmara Real. Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792, Eu, o desembargador Francisco Luiz Álvares da Rocha, Escrivão da Comissão que o escrevi. de Tiradentes

Legado de Tiradentes perante a história do Brasil

Tiradentes Esquartejado, em tela dePedro Américo (1893)- Acervo: Museu Mariano Procópio.
Tiradentes permaneceu, após a Independência do Brasil, uma personalidade histórica relativamente obscura, dado o fato de que o Brasil continuou sendo uma monarquia após a independência do Brasil, e, durante o Império, os dois monarcas, D. Pedro I e D. Pedro II, pertenciam à casa de Bragança, sendo, respectivamente, neto e bisneto de D. Maria I, contra a qual Tiradentes conspirara, e, que havia emitido a sentença de morte de Tiradentes e comutado as penas dos demais inconfidentes. Durante a fase imperial do Brasil, Tiradentes também não era aceito pelo fato de ele ser republicano. O "Código Criminal do Império do Brasil", sancionado em 16 de dezembro de 1830, também previa penas graves para quem conspirasse contra o imperador e contra a monarquia:
Cquote1.svgArt. 87. Tentar diretamente, e por fatos, destronizar o Imperador; privá-lo em todo, ou em parte da sua autoridade constitucional; ou alterar a ordem legítima da sucessão. Penas de prisão com trabalho por cinco a quinze anos. Se o crime se consumar: Penas de prisão perpétua com trabalho no grau máximo; prisão com trabalho por vinte anos no médio; e por dez anos no mínimo.Cquote2.svg
Código Criminal de 1830
Foi a República – ou, mais precisamente, os ideólogos positivistas que presidiram sua fundação – que buscaram na figura de Tiradentes uma personificação da identidade republicana do Brasil, mitificando a sua biografia. Daí a sua iconografia tradicional, de barba e camisolão, à beira do cadafalso, vagamente assemelhada a Jesus Cristo e, obviamente, desprovida de verossimilhança. Como militar, o máximo que Tiradentes poder-se-ia permitir era um discreto bigode. Na prisão, onde passou os últimos três anos de sua vida, os detentos eram obrigados a raspar barba e cabelo a fim de evitar piolhos. Também, o nome do movimento, "Inconfidência Mineira", e de seus participantes, os "inconfidentes", foi cunhado posteriormente, denotando o caráter negativo da sublevação – inconfidente é aquele que trai a confiança. Outra versão diz que por inconfidência era termo usado na legislação portuguesa na época colonial e que "entendia-se por inconfidência a quebra da fidelidade devida ao rei, envolvendo, principalmente, os crimes de traição e conspiração contra a Coroa", e, que para julgar estes crimes eram criadas "juntas de inconfidência".6
Historiadores como Francisco de Assis Cintra e o brasilianista Kenneth Maxwell procuram diminuir a importância de Tiradentes, enquanto autores mineiros como Oilian José e Waldemar de Almeida Barbosa procuram ressaltar sua importância histórica e seus feitos, baseando-se, especialmente, em documentos sobre ele existente no Arquivo Público Mineiro.
Atualmente, onde se encontrava sua prisão, funcionou a Câmara dos Deputados na chamada "Cadeia Velha", que foi demolida e no local foi erguido o Palácio Tiradentes que funcionava como Câmara dos Deputados até a transferência da capital federal para Brasília. No local onde foi enforcado ora se encontra a Praça Tiradentes e onde sua cabeça foi exposta fundou-se outra Praça Tiradentes. Em Ouro Preto, na antiga cadeia, hoje há o Museu da Inconfidência. Tiradentes é considerado atualmente Patrono Cívico do Brasil, sendo a data de sua morte, 21 de abril, feriado nacional. Seu nome consta no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade, sendo considerado Herói Nacional.

Descendência

A questão da descendência de Tiradentes é controversa. Há poucas provas documentais sobre os mesmos.
Tiradentes nunca se casou. Teve um caso com Antónia Maria do Espírito Santo, a quem prometeu casamento e teve uma filha, Joaquina da Silva Xavier (31 de agosto de 1786[carece de fontes]. Constam autos do processo de Antónia Maria descobertos no Arquivo Público Mineiro que a mesma pediu a posse de um escravo que Tiradentes lhe havia dado e havia sido confiscado após sua morte.7 Ali é citada sua filha (cujo padrinho foi o também inconfidente Domingos de Abreu Vieira, rico comerciante) e faz dela a única descendente direta comprovada por documentação.7Tiradentes também teria querido casar-se com uma moça de nome Maria, oriunda de São João del-Rei, filha de abastados portugueses que se opuseram à união.7
Sem registros comprovados por documentação, Tiradentes teria tido com Eugênia Joaquina da Silva dois filhos, uma Joaquina que logo morreu[carece de fontes] e João de Almeida Beltrão, que teve oito filhos.[carece de fontes]
Para escapar das perseguições da coroa e da população, um destes netos trocou seu sobrenome para Zica, dos quais alguns descendentes recebem pensões.8
Viveu em Uberaba, uma neta de Tiradentes, nascida em março de 1819, Carolina Augusta Cesarina, falecida, com 86 anos de idade, em 30 de setembro de 1905, em Uberaba.9
A lei 7.705, de 21 de dezembro de 1988, concedeu pensão especial a Jacira Braga de Oliveira, Rosa Braga e Belchior Beltrão Zica, trinetos de Tiradentes.10
Além destes, também foi concedida à sua tetraneta Lúcia de Oliveira Menezes, por meio da Lei federal 9.255/96, uma pensão especial do INSS no valor de R$ 200,00, o que causou polêmica sobre a natureza jurídica deste subsídio, mas solucionado pelo STF no agravo de instrumento 623.655.11

Carnaval

Tiradentes recebeu grande homenagem popular do G.R.E.S. Império Serrano, que desfilou em 1949 entoando o samba Exaltação a Tiradentes, cujos autores são Mano Décio, Estanislau Silva e Penteado.
Em 2008, no desfile da Viradouro, RJ, o destaque principal do carro n.º 5 "execução da liberdade" estava fantasiado de Tiradentes. (desfile "É de Arrepiar!", de Paulo Barros - campeão em 2010).