sábado, 25 de agosto de 2012

Produção de feijão pode ser mais barata


Pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade de Garanhuns, concluíram a primeira etapa do estudo que já indicou a possibilidade de 80% de redução de custos na produção de feijão com o uso de adubos orgânicos, ao invés dos químicos. Para a execução, o projeto “Rendimento de Feijão de Ciclo Precoce em Função de Adubação com Biofertilizante e Composto Orgânico Associado à Inoculantes” recebeu R$ 18 mil do Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundeci), gerido pelo Banco do Nordeste. 

O projeto está sendo desenvolvido no Agreste Meridional, região que mais produz feijão no Estado. Segundo dados publicados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são produzidas, anualmente, mais de 68 mil toneladas de feijão no Estado de Pernambuco, e mais de 24% delas vêm de 11 municípios (Angelim, Calçado, Canhotinho, Jucati, Jupi, Jurema, Garanhuns, Lajedo, São João, Ibirajuba e São Bento do Una).

A pesquisa, coordenada pelo doutor em fitotecnia Mácio Farias, concluiu que tratamentos alternativos, como a utilização de adubos orgânicos (restos vegetais e esterco bovino) e biofertilizantes, apresentam economia financeira e eficiência sobre a produção. O estudo vai durar mais dois anos, quando serão confirmados os resultados.

“Diante do cenário do agreste meridional, onde a produção de feijão tem um grande impacto sobre a economia, procuramos encontrar uma tecnologia que beneficie os pequenos produtores e também seja compatível com o meio ambiente, reduzindo o uso de produtos químicos e os danos à natureza”, destaca o pesquisador.

Após a execução do projeto, os produtores rurais serão convidados para conhecer as técnicas de manejo para fabricação de adubo orgânico e biofertilizantes, bem como a utilização deles em seus plantios.

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