segunda-feira, 13 de maio de 2013

Base governista pode ter três candidatos em 2014


O bloco de partidos que compõe a base do governador Wilson Martins (PSB) pode lançar três candidatos à sucessão do Palácio de Karnak nas eleições do próximo ano.

Além do senador Wellington Dias (PT) e do vice-governador Antônio Moraes Sousa Filho (PMDB) – dois nomes que sempre estiveram no páreo –, agora é o PSB que avalia a possibilidade de apresentar o secretário de Governo Wilson Brandão para a disputa. 

A ideia começou a ser maturada desde que as siglas de oposição – capitaneadas pelo senador Ciro Nogueira (PP) – passaram a negociar declaradamente uma união com vistas a 2014, tendo como provável candidato o ex-prefeito Silvio Mendes (PSDB). O lançamento triplo da base de Wilson ajudaria a retirar votos da coligação adversária, diminuindo as chances de uma eventual vitória do tucano ainda no primeiro turno. 

A estratégia também contribuiria para harmonizar ou ao menos minimizar o confronto de interesses das três siglas no âmbito estadual e no nacional, uma vez que o crescimento do governador Eduardo Campos (PSB) nos prognósticos para 2014 torna cada vez mais provável a hipótese de o PT e o PSB trilharem caminhos distintos no plano nacional, o que inviabilizará o compartilhamento de palanque entre Wilson e Wellington, pelo menos na primeira etapa eleitoral. Para chancelar esse entendimento, contudo, o governador precisaria abrir mão da sua candidatura ao Senado Federal e permanecer no governo até o final do mandato. 
O sacrifício de Wilson é necessário para fortalecer a candidatura do governador de Pernambuco à Presidência. O vereador Rodrigo Martins (PSB), presidente da Câmara Municipal de Teresina, afirma que a candidatura de Brandão realmente está sendo estudada, mas ressalta que ela não terá a finalidade exclusiva de viabilizar palanque para Eduardo Campos. 

“Se o PSB lançar um candidato ele será um competitivo, com chances de vencer o pleito. Wilson Brandão é um nome forte, não tem nenhuma aresta com quaisquer partidos e é uma figura consolidada tanto no meio político quanto na sociedade, além de ser uma pessoa benquista pela população”, discorre o vereador. Sobre a possibilidade de a candidatura própria gerar um conflito entre o PSB e as siglas aliadas, Rodrigo considera que o partido não pode agir como um satélite de outras legendas, e possui independência para tomar suas decisões sem qualquer ingerência externa. “Cada partido tem seus interesses. 

O PSB está defendendo sua bandeira e seu espaço. Nós respeitamos os demais partidos que compõem a base, mas não podemos contrariar as vontades da nossa militância e dos nossos quadros”, acrescenta Rodrigo. 
Repórter: Cícero Portela - Jornal ODIA