quinta-feira, 12 de abril de 2012

Professores municipais suspendem greve



Durante os meses de greve, professores fizeram passeatas pelas ruas do Centro e mobilizações em frente à Prefeitura de São Luís para reinvidicar reajuste salarial e questões trabalhistas (GILSON TEIXEIRA/OIMP/D.A PRESS)
Durante os meses de greve, professores fizeram passeatas pelas ruas do Centro e mobilizações em frente à Prefeitura de São Luís para reinvidicar reajuste salarial e questões trabalhistas
Os professores do município suspenderam o movimento grevista. A decisão foi tomada após reunião com representantes da Secretaria Municipal de Educação  (Semed), realizada na tarde de ontem, na sede do órgão. Ficou acertado entre as duas partes o retorno à sala de aula após a conclusão das obras de reforma das escolas. Esta foi uma das principais exigências dos professores, que reclamavam da precária estrutura física dos prédios. Outra questão diz respeito ao reajuste salarial, que permaneceu os 7% oferecidos pela Prefeitura, quando a categoria pedia 22%. Parte da categoria retorna às salas de aula na segunda-feira, 16. Mesmo com a suspensão, a categoria diz que permanecerá em estado de alerta.

O índice foi aprovado em atendimento à Lei Eleitoral e, portanto, a prefeitura estaria impossibilitada de conceder outro reajuste. “A categoria não foi consultada e com o reajuste já aprovado, não houve muito o que ser feito. Não há concordância dos professores com o índice, mas também não poderiam rejeitá-lo”, esclarece o assessor jurídico do Sindicato dos Professores do Ensino Público Municipal de São Luís (Sindeducação), Antônio Carlos Araújo. Segundo assessor, o município enviou à Câmara o projeto de votação do reajuste de 7%, sem o conhecimento dos professores, um dia antes do prazo da Lei Eleitoral expirar. A votação, diz ele, foi realizada em regime de urgência.

A proposta enviada pela Prefeitura não encerra as negociações, diz a assessoria jurídica do Sindeducação. “O retorno à sala de aula foi acertado pelo atendimento de alguns pedidos da categoria”, explica Antônio Carlos. Entre estes, a reforma das escolas, a garantia da volta às salas de aula só após a conclusão das obras e obedecendo ao calendário da própria Semed. Outros pedidos atendidos incluem o adicional titulação de 2011, adicional de difícil acesso de 2010 e 2011 e a progressão horizontal a serem implantados a partir de maio. A categoria conseguiu ainda o abono das faltas e exclusão dos sábados como dia de atividades. “Porém, nada encerra as negociações. E toda a carga horária do cronograma será cumprida, não haverá prejuízo aos alunos”, garantiu o assessor jurídico.

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