sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Prova da OAB será aplicada neste fim de semana em todo o Brasil


PROFISSÃO No Maranhão, 2.060 candidatos participaram, sendo 1.810 somente em São Luís

Exatos 2.060 bachareis em Direito estão inscritos no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão. Desse universo, 1.810 foram só na capital e o restante no município de Imperatriz, distante cerca de 640 quilômetros de São Luís. Mesmo com o crescimento dos preparatórios para esse tipo de exame e ainda o esforço dos candidatos, o índice de aprovação no Maranhão não tem sido satisfatório. O presidente da comissão do exame da OAB, Rodrigo Maia, informou que o índice de reprovação no último exame foi de 80%, número significativo e desanimador.

Ele contou que um dos fatores para esse dado alarmante pode estar ligado ao fato de faculdades públicas possuírem um melhor desempenho em relação às faculdades particulares, o que dificulta, já que muitas pessoas optam pelas instituições de ensino superior particulares por não conseguirem nota suficiente para ingressar em universidades públicas. Sendo assim, os melhores candidatos são selecionados naturalmente, tendendo a reproduzir melhor desempenho e alcançando a aprovação no exame. 

A primeira etapa da prova, em São Luís, será realizada no próximo domingo (5) na Faculdade Athenas Maranhense (Fama), no horário de 14h às 19h (horário de Brasília). A cada edição, a comissão do Exame da Ordem se preocupa em fazer com que a seletiva seja mais rigorosa visando filtrar os melhores candidatos para exercer a profissão. As provas são elaboradas pela Fundação Getúlio Vargas e a mesma prova é válida em todo o território nacional. De acordo com a comissão, as provas são entregues em malotes lacrados, abertos somente pelos membros da OAB acompanhados de mais duas testemunhas. 

O exame possui duas etapas, a primeira é objetiva e possui 80 questões de múltipla escolha com assuntos das diversas disciplinas ministradas durante todo o curso acadêmico, inclusive seguimentos sobre a ética profissional. Na segunda etapa, a prova é discursiva e o candidato fará quatro questões teóricas, além de resolver um caso com a elaboração de uma petição inicial, também chamada de peça, e a nota para esse caso deve ser maior ou igual a 6. 

Persistência

Para a dona de casa Raimunda Brandão Vieira, de 57 anos, o exame é um dos seus maiores desafios. Formada no curso de Direito desde dezembro de 2010, D. Raimunda disse a O Imparcial que já tentou o exame quatro vezes. Apesar de estudar apenas nas horas vagas do dia a dia, ela se mostra esforçada e garante que vai conseguir. Embora esteja confiante, a dona de casa não esconde a tensão que toma de conta dela nos momentos que antecedem a prova. "A prova é muito complexa e exige raciocínio, tem pegadinhas e algumas questões confusas, além de ser cansativa, são 5 horas de prova e todo o nervosismo acaba fazendo o candidato se perder nas questões", disse.

Ela contou ainda que desde criança o seu sonho é esse, poder exercer a profissão de advogada, e com a carteira ela tem a certeza que será inserida no mercado de trabalho sem maiores esforços. Raimunda Vieira disse que além da carteira pretende ministrar aulas de direito, mesmo que para isso ela não precise da carteira da Ordem. Para alcançar o objetivo, a dona de casa formou grupos de estudos para estudar pontos importantes que podem ser questões da prova. Junto com as amigas ela lê, relê e questiona alguns assuntos das disciplinas do curso, pois acha que qualquer informação é válida para chegar aonde deseja.

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