Senai treina instrutores para identificar alunos superdotados

O diretor regional do Senai, João Alberto Schalcher, fez a abertura do curso de capacitação técnico para identificar alunos com altas habilidades

São Luís - O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) deu início a preparação de seus instrutores para identificar e estimular jovens com altas habilidades - ou seja, alunos superdotados - nos cursos de aprendizagem profissional que a instituição oferece.

Durante cinco dias, 38 supervisores e instrutores das sete unidades do Senai no Maranhão e representantes das Secretarias de Estado da Educação (Seduc) e Municipal de Educação (Semed) participaram de um curso de capacitação, ministrado pelas professoras Suzana Graciela Perez e Sheila Torma, que são ligadas ao Conselho Brasileiro de Superdotação. As aulas aconteceram na Casa da Indústria Albano Franco, na Cohama, sede da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema).

Segundo o diretor regional do Senai, João Alberto Schalcher, este tipo de ação é fundamental para que a indústria maranhense possa identificar talentos ainda na fase de formação. "A iniciativa faz parte do nosso programa de ações inclusivas. Os portadores de altas habilidades precisam de suporte diferenciado para poder desenvolver ao máximo todo o seu potencial, ainda na fase de formação", afirmou.

O curso foi presencial e a partir dele foi montada uma proposta de atuação para ser aplicada em todas as unidades do Senai no Maranhão. "Este curso é o início de um processo interno para identificarmos estes alunos e darmos atenção especial ao desenvolvimento de suas habilidades e, com esta iniciativa, o Senai poderá formar para o mercado profissionais de nível técnico cada vez mais bem preparados", explicou o diretor regional do Senai.

Segundo a professora Suzana Graciela, o trabalho que o Senai tem desenvolvido em todo o Brasil com alunos portadores de altas habilidades tem dado bons resultados. Para ela, capacitações como a que o Senai promoveu em São luís são importantes porque as instituições de ensino tem que ter a capacidade de atender os superdotados.

"Ainda há muito preconceito em relação às altas habilidades e se a escola não for capaz de fazer um atendimento diferenciado para estes alunos, ele não terão chance de desenvolver plenamente seu potencial", explicou a professora.

Ainda segundo Suzana Graciela, o curso ministrado na Casa da Indústria mostrou os três traços dos alunos superdotados, além de ferramentas e métodos de identificação de portadores de altas habilidades em sala de aula.
"Os alunos com altas habilidades têm habilidade acima da média, criatividade elevada e dedicação com as tarefas. O professor precisa estar capacitado pra fazer a identificação, porque este aluno não chega com rótulo. Esta é uma forma de dar oportunidade para os portadores e altas habilidades para ter uma vida plenamente produtiva", finalizou Suzana Graciela.